Ozzy Osbourne: o eterno Príncipe das Sombras e seu último adeus

Ozzy Osbourne: o eterno Príncipe das Sombras e seu último adeus



Ozzy Osbourne, ícone do heavy metal britânico e vocalista lendário do Black Sabbath, partiu aos 76 anos, deixando um legado que atravessa gerações. Nascido em Birmingham, Inglaterra, em 1948, Ozzy cresceu em meio a um ambiente industrial pesado, que acabou influenciando o som forte e sombrio que revolucionou o rock mundial.

Com uma voz marcante e um estilo único, Ozzy se tornou símbolo de uma época e abriu caminhos para o heavy metal, um gênero que hoje domina palcos e corações. Sua vida foi uma verdadeira montanha-russa, repleta de altos e baixos, batalhas pessoais e muita resiliência.

Além do sucesso com o Black Sabbath — que lançou clássicos como Paranoid e Iron Man —, Ozzy brilhou também em sua carreira solo, entregando álbuns e shows memoráveis que marcaram toda uma geração.

Em 5 de julho de 2025, ele voltou a subir ao palco com seus antigos companheiros do Black Sabbath no show “Back to the Beginning”, em sua cidade natal, Birmingham. Apesar do avanço do Parkinson que afetava seus movimentos, Ozzy emocionou uma multidão de 45 mil pessoas e milhões online com sua voz e presença únicas. Sentado em um trono decorado com morcegos — símbolo das histórias que marcaram sua trajetória —, ele agradeceu com emoção:

“Vocês não têm ideia do que sinto agora. Obrigado do fundo do meu coração.” Esse foi um adeus emocionante de um artista que jamais deixou de encantar e inspirar.


A história de um príncipe rebelde


John Michael Osbourne, nome de batismo de Ozzy, nasceu em uma família humilde de Birmingham. Sua infância foi difícil, marcada por desafios que o moldaram como pessoa e artista.

No final dos anos 60, junto a Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, formou o Black Sabbath, uma banda que com seu som pesado e letras escuras mudou para sempre a história do rock.

Álbuns como Black Sabbath (1970), Paranoid (1970) e Master of Reality (1971) tornaram-se clássicos, com músicas como “Paranoid”, que fala de depressão e ansiedade, conquistando fãs em todo o mundo.

Depois de ser afastado da banda por causa do vício, Ozzy começou sua carreira solo, lançando sucessos como “Crazy Train” e “Mr. Crowley”. Seu jeito único e vida cheia de histórias — das mais loucas às mais humanas — o tornaram também estrela de um reality show que mostrou seu lado familiar e divertido.


O show da despedida e a emoção do reencontro

No show “Back to the Beginning”, Ozzy voltou a se unir aos amigos do Black Sabbath para um espetáculo inesquecível em Birmingham. Mesmo com a saúde fragilizada, ele fez uma apresentação cheia de alma, sentado em seu trono e rodeado de morcegos, conduzindo o público numa verdadeira celebração da sua carreira.

Com participações especiais de Metallica, Slayer e Guns N’ Roses, o show foi uma festa para os fãs de metal de todas as gerações. A performance de “Mama, I’m Coming Home” trouxe um lado mais suave e emocionante de Ozzy, enquanto o encerramento com “Paranoid” lembrou a todos o poder e a identidade do artista.

Poucas semanas depois, em 22 de julho de 2025, Ozzy nos deixou, rodeado pelo amor da família e pelo carinho dos fãs. Uma perda imensa para a música, mas também uma despedida digna de uma lenda.


Duas músicas que falam direto ao coração

Para fechar, quero dividir com vocês duas músicas que me tocam profundamente: “Dreamer” e “No More Tears”.

“Dreamer” mostra um lado delicado e esperançoso de Ozzy. É uma canção que me faz pensar na importância de sonhar, mesmo quando tudo parece difícil. A melodia doce e a letra cheia de sentimento são como um abraço para a alma.

“No More Tears”, por outro lado, é uma música intensa e cheia de emoção, que fala de dor, luta e superação. Ela me inspira a ser forte e seguir em frente, mesmo quando o caminho é complicado.

Essas duas canções, tão diferentes entre si, revelam a complexidade do Ozzy: um artista que viveu entre a escuridão e a luz, sempre com sinceridade e paixão.


Até logo, Príncipe das Sombras


Ozzy Osbourne foi mais do que uma voz do heavy metal: foi um símbolo de coragem, autenticidade e amor pela música. Ele nos ensinou que, mesmo nas sombras, há luz e beleza para se encontrar.

Sentiremos saudades, mas também vamos celebrar tudo que ele deixou: músicas inesquecíveis, histórias incríveis e um espírito que nunca vai morrer.

Obrigado, Ozzy. Você sempre será o nosso eterno Príncipe das Sombras.


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